O que é fimose em adultos e como tratar?
Atualizado em 1 de junho de 2025 | Publicado em 6 de junho de 2025Por: Dr. Leonardo Ortigara
A fimose em adultos é bem menos frequente do que em bebês e meninos pequenos. Mas, em vez de aguardar sua remissão espontânea, como se costuma fazer na infância, essa condição deve ser acompanhada pelo urologista. Dessa forma, pode-se adotar a melhor medida a respeito, visando prevenir complicações.
Neste artigo, mostramos as causas do excesso de prepúcio — pele que recobre a glande (“cabeça” do pênis) e, consequentemente, impede sua exposição — na vida adulta. Além disso, explicamos os possíveis riscos associados e quando o tratamento cirúrgico é indicado. Confira!
O que causa a fimose em adultos?
A maioria dos casos de fimose tem origem fisiológica, estando presente desde o nascimento. A ocorrência em adultos, no entanto, tem origem secundária, surgindo, geralmente, após quadros repetitivos de infecção na glande ou traumatismo local. Isso porque, esses eventos afetam a pele da região e resultam em cicatrizes, impossibilitando a exposição da glande.
Há, também, a propensão à fimose devido ao próprio envelhecimento. Afinal de contas, homens mais velhos apresentam uma perda considerável na elasticidade da pele, podendo predispor ao quadro.
Como é o diagnóstico?
O diagnóstico da fimose em adultos é dado pelo urologista, por meio do exame físico para avaliação da elasticidade do prepúcio e capacidade de retração. A confirmação consiste na constatação de que a glande não pode ser completamente exposta, quando a pele do pênis é retraída manualmente.
Por isso, em caso de dificuldade para expor a glande, agende uma consulta e faça uma avaliação individualizada. Dessa forma, o especialista poderá indicar o tratamento necessário.
Quais são os riscos associados?
O grande problema da fimose em adultos é que a dificuldade (ou impossibilidade) de exposição da glande compromete a higiene adequada. Isso, por sua vez, pode levar a um quadro de inflamação (chamada balanite) da região, gerando dor, coceira e vermelhidão.
Ao mesmo tempo, há o aumento do risco de desenvolver infecções recorrentes, tanto fúngicas como bacterianas, como das chances de contrair infecções sexualmente transmissíveis (IST). Sem falar que a condição é um dos principais fatores de risco para o câncer de pênis.
Além disso, apesar de não causar disfunção erétil, há complicações relacionadas à prática sexual, como dor nas relações. Há, também, o comprometimento da fertilidade, pois a fimose atrapalha a saída do esperma.
Existe ainda o risco de desenvolver parafimose. Essa condição acontece quando o prepúcio fica preso e não consegue voltar a cobrir a glande.
Como é o tratamento da condição?
Em crianças, o tratamento da fimose costuma ser feito com aplicação de pomadas à base de corticoides. Paralelamente, pode-se recomendar a realização de um exercício de retração, o qual favorece, pouco a pouco, a soltura do prepúcio. Mas, atenção: jamais force a retração, para evitar lesões.
No entanto, caso não haja melhora ou se a fimose for muito fechada, recomenda-se a cirurgia para a remoção do excesso de pele (chamada postectomia). Trata-se de uma intervenção simples, rápida e segura para ressecção completa do prepúcio. Por vezes, o médico também pode realizar um corte que libera o freio curto do pênis.
Já para adultos e idosos, a postectomia é o principal tratamento para a fimose. Ela é realizada em regime ambulatorial (sem internação hospitalar), com anestesia local (bloqueio peniano) e sedação. Após a cirurgia, o paciente consegue expor a glande completamente, sem dificuldade.
Para saber mais, leia: Postectomia: o que é e quando é indicada para tratamento da fimose
Com o avanço da tecnologia, surgiram dispositivos como o CircCurer™, que realizam a circuncisão de forma mais prática e precisa, sem necessidade de bisturi. Graças a ele, o corte fica simétrico e uniforme, favorecendo a cicatrização e proporcionando um resultado mais estético, em comparação à circuncisão convencional.
Para concluir, esperamos que suas dúvidas sobre fimose em adultos tenham sido esclarecidas. Lembrando que o Dr. Leonardo Ortigara, nosso cirurgião urologista, que atende em Itajaí e Balneário Camboriú (SC), conta com esse diferencial em seus procedimentos. Caso resida na região, aproveite para agendar uma consulta e converse a respeito!
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Dr. Leonardo Ortigara
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