O que é disfunção erétil e como diferenciar da ejaculação precoce?
Atualizado em 2 de dezembro de 2024 | Publicado em 8 de janeiro de 2025Por: Dr. Leonardo Ortigara
A disfunção erétil (dificuldade para ter ou manter uma ereção) é, muitas vezes, confundida com a ejaculação precoce. No entanto, apesar desses distúrbios sexuais estarem, muitas vezes, relacionados, trata-se de problemas diferentes e que não ocorrem, necessariamente, de forma conjunta.
Neste artigo, abordamos o que é disfunção erétil, quais são as suas causas e como diferenciá-la da ejaculação precoce. Continue a leitura e esclareça suas dúvidas!
O que é a disfunção erétil?
Considera-se como disfunção erétil a incapacidade, parcial ou total, de controlar a ereção por tempo suficiente para ter relações sexuais satisfatórias. O problema, antigamente chamado de impotência sexual, pode ser dividido em três graus:
- leve, quando a incapacidade não ocorre sempre e o controle da ereção está pouco diminuído;
- moderada, quando o homem tem dificuldades constantes para manter a ereção, reduzindo a frequência e a qualidade das relações sexuais;
- grave, quando o paciente não consegue ter ereção sob hipótese nenhuma de forma natural.
“Falhas” esporádicas são normais
É importante ressaltar que é normal não conseguir ter uma ereção após um dia estressante, depois de beber demais ou outras situações intensas. Na verdade, é normal apresentar o problema eventualmente, mesmo sem razão aparente.
Atenção às recorrências
O problema está quando a disfunção erétil ocorre de forma repetida, sem haver nenhuma causa. Nesses casos, é importante consultar um urologista para ter um diagnóstico preciso e, caso necessário, iniciar o tratamento.
Como é a incidência do distúrbio?
De acordo com a Associação Médica Brasileira (AMB), a disfunção erétil afeta até 45% dos brasileiros. Um dado importante é que a incidência do distúrbio aumenta, consideravelmente, com o passar dos anos. Os homens com 60 a 69 anos têm 2,2 vezes mais chances de terem problemas de ereção quando comparado com os de 18 a 39 anos. Já entre os pacientes com mais de 70 anos, a chance triplica.
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Quais são as causas mais comuns?
As causas da disfunção erétil podem ser diversas e relacionadas a problemas físicos, questões emocionais ou uma mistura de ambos. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), as principais razões para a sua ocorrência são:
- problemas cardiovasculares, pois algumas doenças, como hipertensão arterial e diabetes, podem dificultar a circulação de sangue para o pênis e, consequentemente, causar disfunção erétil;
- neurológicas, uma vez que problemas como tumores no sistema nervoso central, doenças degenerativas, acidente vascular cerebral (AVC), entre outros, podem levar ao quadro;
- alterações na estrutura física do pênis, presentes desde o nascimento ou decorrentes de enfermidades, como a doença de Peyronie;
- problemas hormonais, pois a redução do nível de testosterona diminui a libido e dificulta as relações sexuais, assim como desequilíbrios nos hormônios da tiroide e da hipófise também são prejudiciais;
- remédios cujo efeito colateral é a disfunção erétil — o que deve ser discutido com o médico que o receitou, avaliando se não há como trocar de medicamento;
- problemas psicológicos, como ansiedade e depressão, que reduzem a libido e, em alguns casos, dificultam o controle da ereção.
Como diferenciar a disfunção erétil e ejaculação precoce?
A ejaculação precoce é caracterizada pela ejaculação de forma muito rápida, com estímulos mínimos ou, em alguns casos, sem nenhum estímulo. Estima-se que 50% dos homens com disfunção erétil também apresentam esse problema.
Mas, por que será que isso ocorre? Existem diversas explicações. Entre elas está o fato de que muitos homens têm o desejo de apressar a relação sexual, para evitar a perda de ereção. Outra possível razão é o alto nível de ansiedade sobre o desempenho sexual, o que faz a ejaculação ser prematura.
Mas, atenção: apesar de haver uma forte relação, nem todo homem que tem dificuldades para ejacular de forma regular terá problemas de ereção. Por isso, trata-se de problemas diferentes. Em suma:
- ejaculação precoce é uma condição caracterizada pela ejaculação de forma rápida;
- enquanto disfunção erétil é a dificuldade de se ter ou manter uma ereção.
Quais são os tratamentos para a disfunção erétil?
Há homens que, simplesmente, aceitam a sua condição, atribuindo-a à idade e/ou algum problema de saúde, e não buscam ajuda médica. Esse é um grande erro, uma vez que a disfunção erétil pode ser tratada para que o paciente tenha uma vida sexual satisfatória e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida.
A indicação do tipo de tratamento depende do grau da disfunção, assim como das suas causas. Mas, de maneira geral, a abordagem envolve um ou mais métodos, tais como:
- mudanças de hábitos;
- uso de medicamentos (estimulantes sexuais) orais;
- injeções penianas;
- terapia por ondas de choque;
- prótese peniana.
Apenas um urologista pode definir o tratamento ideal para cada paciente. Por isso, ao ter dificuldades para manter ou prolongar uma ereção, procure esse especialista quanto antes. Afinal, como mostrado, disfunção erétil tem solução!
Esperamos que o artigo tenha sido esclarecedor. No entanto, caso ainda haja dúvidas, sinta-se à vontade para entrar em contato. Dr. Leonardo Ortigara, urologista especialista em tratamentos inovadores, que atende em Itajaí e em Balneário Camboriú, SC, e sua equipe estão à sua disposição!
Dr. Leonardo Ortigara
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