A incontinência urinária não é um problema exclusivo das crianças que ainda não aprenderam a controlar o esfíncter. A condição também pode atingir adultos de diferentes faixas etárias e causar grandes impactos na qualidade de vida do paciente.
Na população idosa, a incontinência é ainda mais comum: um estudo realizado pela Organização Pan-Americana da Saúde e a Organização Mundial da Saúde revelou que 11,8% dos homens com mais de 60 anos e 26,2% das mulheres na terceira idade sofrem com o problema.
Para diminuir os impactos da doença e promover uma melhora no bem-estar físico e emocional dos pacientes, o esfíncter artificial é uma técnica que vem sendo cada vez mais utilizada na área urológica. Continue a leitura e saiba mais sobre o procedimento!
Quais as causas da incontinência urinária em homens?
O envelhecimento é um dos principais fatores de risco que podem levar o paciente a sofrer com incontinência urinária. Com o comprometimento de algumas funções do organismo, o sistema urinário pode não conseguir trabalhar de maneira adequada, resultando no aparecimento do problema.
Como os músculos e nervos devem atuar em conjunto para manter a urina na bexiga, qualquer doença, condição ou lesão neurológica pode ocasionar a perda da capacidade para controlar a urina.
É importante ressaltar que, além do envelhecimento natural, existem algumas condições médicas que também configuram um importante fator de risco para o aparecimento da incontinência urinária.
Dentre elas, podemos citar a obesidade, diabetes, insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica e até distúrbios do sono. Alguns distúrbios neurológicos, como o mal de Parkinson, também contribuem para o desenvolvimento do problema.
Além disso, a prostatectomia – procedimento realizado para a retirada da próstata – também pode ser responsável pelo quadro de incontinência urinária. Neste caso, o problema surge como um efeito colateral da cirurgia, uma vez que o procedimento pode causar lesões no esfíncter ou nos nervosque se localizam nesta região.
Incontinência urinária X Qualidade de vida
A incontinência urinária pode causar grandes impactos na autoestima dos pacientes e comprometer severamente sua qualidade de vida. Muitos se afastam do convívio social com medo do cheiro que podem estar exalando por conta da urina ou devido à necessidade urgente de encontrar um banheiro.
Segundo um estudo transversal, realizado com pacientes submetidos à prostatectomia em serviço de referência no estado de Minas Gerais vinculado ao Instituto Nacional do Câncer (INCA), o impacto da incontinência urinária na qualidade de vida varia de grave a muito grave.
Para a realização da pesquisa, os pacientes foram divididos em três grupos de acordo com o tempo após a realização do procedimento: dois a seis meses; seis meses a um ano; de um a dois anos. Nos pacientes do primeiro grupo, o impacto da incontinência urinária na qualidade de vida apresentou média de 9,6 – classificada como muito grave.
Já o índice dos pacientes que haviam feito a cirurgia de seis meses a um ano no momento da pesquisa foi de 6,9. Por fim, o último grupo apresentou média de 7,3. Nestes dois últimos casos, o impacto na qualidade de vida é considerado grave.
Dentre os aspectos analisados, os mais afetados pela incontinência urinária são as Limitações das Atividades Diárias, Limitações Físicas, Medidas de Gravidade e Limitações Sociais. Confira melhor os resultados da pesquisa:
Esfíncter artificial: a solução para recuperar a qualidade de vida
Em casos mais graves de incontinência urinária, o esfíncter artificial é a solução mais eficiente para corrigir o problema e devolver a qualidade de vida ao paciente. Trata-se de um dispositivo implantável de elastômero de silicone sólido capaz de restabelecer o processo natural de controle urinário.
O pequeno dispositivo simula a função esfincteriana de maneira normal, abrindo e fechando a uretra sob o controle voluntário do paciente. É composto por três componentes interligados: uma manga oclusora, uma bomba e um balão regulador da pressão. Os três componentes estão ligados por tubos resistentes a dobras.
Considerado padrão-ouro no tratamento da incontinência urinária masculina, o procedimento cirúrgico é minimamente invasivo e muito seguro. O esfíncter artificial é implantado ao redor da uretra bulbar, posicionando a válvula de abertura junto ao tecido subcutâneo da bolsa escrotal.
O cuff – uma espécie de balonete que contém líquido – comprime a uretra levemente, mantendo-a fechada e impedindo o vazamento de urina. Para urinar, o cuff é esvaziado através da compressão da bomba por 2 a 3 vezes, movimentando o líquido em direção ao balão.
Ao esvaziar, o cuff descomprime a uretra, permitindo que a urina seja eliminada. Depois de alguns minutos, a prótese retorna à sua posição original, fechando o cuff e a uretra novamente.
Após a implantação do esfíncter artificial, o paciente pode voltar a ter uma rotina normal e retomar algumas atividades que costumava fazer – como viajar, praticar esportes, participar de longos eventos sociais – sem a preocupação de que irá sofrer com um episódio de incontinência urinária.
Dessa forma, é possível notar uma grande melhora na qualidade de vida do paciente, uma vez que ele terá muito mais tranquilidade, confiança e segurança para se comportar em situações sociais.
Ficou com alguma dúvida sobre o procedimento? Agende uma consulta em Balneário Camboriú ou Itajaí para esclarecer seus questionamentos e saber se o esfíncter artificial é recomendado para o seu caso. Será um prazer lhe atender!
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