O que é bexiga baixa?
Atualizado em 16 de fevereiro de 2025 | Publicado em 21 de fevereiro de 2025Por: Dr. Leonardo Ortigara
Você sabe o que é bexiga baixa? Essa condição, também conhecida como bexiga caída, é o nome popular da cistocele. O problema é prevalente em mulheres que tiveram filhos e têm mais de 40 anos, embora também possa ocorrer em outras situações.
Neste artigo, explicamos o que é bexiga baixa, como reconhecê-la e quais são as opções de tratamento. Para saber mais, continue a leitura!
Afinal, o que é bexiga baixa?
Bexiga baixa é uma condição decorrente do enfraquecimento da musculatura das paredes da vagina — o que faz com que o órgão se desloque. Sem a devida sustentação, ele pode levar a um abaulamento ou, em casos mais avançados, escapar pelo canal vaginal.
Causas do problema
A bexiga caída tem causas diversas e, geralmente, associadas. As principais são a deficiência de colágeno, decorrente do avanço da idade, tabagismo e/ou genética, e a gravidez.
Em relação à última, é importante esclarecer que é o processo gestacional (e não o parto, como muitos imaginam) que mais influencia na ocorrência do problema. Isso porque, algumas vezes o útero cresce de modo a pressionar a bexiga, fazendo com que ela se desloque.
Existe, ainda, a influência de fatores que podem aumentar a pressão intra-abdominal. É o caso da obesidade, da constipação crônica (evacuar menos de três vezes por semana, fazendo muita força) e dos exercícios físicos intensos e inadequados (como levantar grandes pesos).
Além disso, alguns traumas causados em procedimentos pélvicos também podem levar ao distúrbio. Esses podem ocorrer em partos vaginais com laceração (rompimento de tecidos), em cirurgias (como a histerectomia), entre outras situações.
Sintomas relacionados
Apesar de benigna, a bexiga baixa pode ser bastante incômoda. Além disso, a condição tende a provocar constrangimentos, por vezes, levando ao isolamento social e à cessação das atividades físicas.
Na prática, quanto maior a descida do órgão, mais intensos os sintomas. Os principais são:
- alterações nos hábitos miccionais, como aumento da frequência, urgência, incontinência ou dificuldade para urinar;
- sensação de que a bexiga está sempre cheia, mesmo após esvaziá-la;
- dores constantes na pelve;
- prolapso (projeção) da bexiga para dentro do canal vaginal;
- prolapso da bexiga para a saída da vagina, até a parte externa;
- desconforto durante a penetração no ato sexual, assim como sensação de alargamento na vagina;
- impossibilidade de usar absorventes internos;
- sensação de que uma “bola” está saindo pela vagina, passível de ser vista a olho nu.
Graus do distúrbio
A bexiga caída é classificada conforme o grau de queda do órgão. Sendo assim, considera-se como:
- grau 1, os casos leves, que, geralmente, não provocam sintomas;
- grau 2, os casos moderados, nos quais a bexiga desce até a abertura da bexiga;
- grau 3, os casos graves, em que o órgão escapa pela abertura vaginal;
- grau 4, os casos muito graves, nos quais a bexiga sai completamente para fora da vagina.
Como é o diagnóstico da condição?
O diagnóstico de cistocele é dado pelo urologista, com base na queixa da paciente e por meio do exame físico. Em quadros mais leves, não visíveis nem sentidos à palpação, pode ser preciso realizar exames complementares, como o estudo urodinâmico, a ultrassonografia transperineal, entre outros.
Quais são os tratamentos disponíveis?
A indicação de tratamento para a bexiga baixa depende do grau do distúrbio, sempre considerando a idade e as condições clínicas gerais da paciente. Em geral, em casos leves, indica-se a fisioterapia para fortalecimento do assoalho pélvico, muitas vezes, associada à dieta para perda de peso.
Já em casos moderados a avançados, costuma-se recomendar uma intervenção cirúrgica. Entre as técnicas mais avançadas, destaca-se a implantação do sling vaginal, um tipo de tela que levanta a bexiga, reposicionando-a e devolvendo a sustentação.
Ao mesmo tempo, também é necessário tratar os sintomas urinários apresentados, como a dificuldade ao urinar ou a incontinência. Para isso, o urologista pode indicar terapia comportamental, exercícios pélvicos, medicamentos ou, quando esses não apresentam uma resposta satisfatória, a chamada neuromodulação sacral.
Leia também: Convivendo com a neuromodulação sacral
Para concluir, esperamos que suas dúvidas tenham sido esclarecidas. Agora que você sabe o que é bexiga baixa, caso apresente o problema, busque ajuda especializada e recupere seu bem-estar e qualidade de vida!
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Dr. Leonardo Ortigara
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