Quais são os sintomas da andropausa?
Atualizado em 4 de agosto de 2022 | Publicado em 4 de agosto de 2022Por: Dr. Leonardo Ortigara
Entender quais são os sintomas da andropausa é a melhor maneira de identificar se é preciso consultar um urologista para analisar os seus níveis hormônios e, caso necessário, iniciar um tratamento para ter uma vida com mais qualidade durante o envelhecimento.
Apesar de ser popularmente chamada de andropausa, o nome correto dessa condição é Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino, também conhecida como DAEM. Esse problema, ao contrário da menopausa, não ocorre com todos os homens e não afeta apenas uma faixa etária.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, apenas 20% de todos os homens sofrem de deficiência de testosterona após os 40 anos. Mas, mesmo assim, estima-se que a cada 10 anos os homens reduzam em até 12% a sua produção de testosterona, o que é completamente normal.
Quer saber mais sobre a DAEM e conferir quais são os sintomas da andropausa? Então continue lendo esse artigo.
O que é a andropausa?
Quando falamos sobre andropausa logo pensamos na versão masculina da menopausa, a última menstruação das mulheres que é uma consequência da redução significativa da função hormonal. Mas, na verdade, essa comparação não é apropriada!
A produção hormonal dos homens realmente decai com o passar dos anos, mas esse processo é muito mais longo e gradual do que o das mulheres. Isso quer dizer que existem muitos pacientes que nem chegam a ter deficiência de testosterona ao longo da sua vida, apesar de os níveis hormonais serem menores do que eram aos 30 anos, por exemplo.
Por esse motivo, o meio médico não utiliza mais o termo andropausa, por passar a ideia de cessação de produção hormonal, o que não ocorre. O termo correto é Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino, que representa o processo de mudanças reprodutivas de forma lenta que não afeta todos os homens.
Quais são as causas da DAEM?
Assim como o nome já sugere, a DAEM é causada principalmente pelo passar dos anos, mas existem outros fatores que podem causá-la, como:
- anormalidade nos testículos;
- deficiência em glândulas, como a hipófise e o hipotálamo, e
- alterações no sistema reprodutor.
Além disso, há alguns fatores que aumentam a predisposição à andropausa, como obesidade, hipertensão, diabetes, sedentarismo, tabagismo e dislipidemias.
Como é feito o diagnóstico da andropausa?
O diagnóstico da DAEM deve ser feito por um urologista que avaliará dois pontos:
- a presença de sintomas da andropausa, e
- a quantidade de testosterona no sangue.
Em alguns casos, como em pacientes com hábitos de vida não saudável, pode-se realizar novamente o exame de sangue para avaliar o nível de testosterona após a mudança de hábitos.
Afinal, quais são os sintomas da andropausa?
Os sintomas da andropausa podem variar de paciente para paciente de acordo com o seu nível de testosterona. Mas, de forma geral, há queixas relativas a:
- perda de força;
- redução da massa muscular e de massa óssea;
- desânimo;
- diminuição dos pelos;
- ganho de peso;
- diminuição da libido e no número de ereções;
- disfunção erétil;
- problemas de memória;
- anemia;
- dificuldade para se concentrar, e
- mudanças de humor, como irritabilidade e depressão.
Vale ressaltar que muitos desses sintomas podem ser causados por outros motivos, como o deficit hormonal ligado a uma doença no sistema reprodutor ou nas glândulas responsáveis pela produção de testosterona. Dessa forma, diferenciar os sintomas de andropausa dos causados por outra doença pode ser complicado.
Por esse motivo, é indispensável que o paciente realize uma consulta com um urologista de confiança e faça os exames necessários para ter um diagnóstico.
Há tratamento para a DAEM?
O tratamento da DAEM consiste na reposição hormonal e é indicado para os pacientes que sofrem de sintomas da andropausa de forma muito intensa. Isso se dá porque a administração de hormônios conta com diversos riscos e contra indicações.
Pacientes com histórico de câncer de próstata ou de mama, com pré disposição a problemas cardíacos ou ainda os diagnosticados com insuficiência cardíaca, por exemplo, não deve recorrer a esse método.
Por isso, o tratamento da andropausa é recomendado apenas após uma análise completa e a comparação dos prós e dos contras pelo médico de confiança. Saiba mais sobre reposição hormonal e os seus riscos no meu outro artigo!
Vale ressaltar que outra forma de reduzir os sintomas é por meio da mudança dos hábitos. Para isso, deve-se:
- manter o peso ideal;
- controlar a diabetes e a hipertensão;
- evitar bebidas alcoólicas;
- cessar o tabagismo e
- fazer exercícios com frequência.
Se você ainda tiver alguma dúvida sobre
Dr. Leonardo Ortigara
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