home > Informe-se > Notícias > Como é feito o diagnóstico de infertilidade masculina?

Como é feito o diagnóstico de infertilidade masculina?

Atualizado em 4 de agosto de 2022 | Publicado em 4 de agosto de 2022
Por: Dr. Leonardo Ortigara

Como é feito o diagnóstico de infertilidade masculina?

O diagnóstico de infertilidade masculina sempre levanta muitas dúvidas entre os homens, especialmente entre aqueles que estão tentando ter filhos há um bom tempo e, por algum motivo, ainda não conseguiram.

É preciso entender que nem sempre a dificuldade para engravidar é um sinal de incapacidade total para isso. Existem diversos motivos que podem gerar dificuldade para a concepção de uma gestação, alguns femininos e outros masculinos, como:

Mas, quando há dificuldades para engravidar, é um sinal que é necessário que o homem realize uma consulta com um urologista e a mulher com um ginecologista.

O urologista, nesse caso, é o médico que irá garantir a qualidade do esperma e confirmar se há chances de ocorrer uma gestação ou não.

Quer saber como é feito o diagnóstico de infertilidade masculina e tirar suas dúvidas sobre essa condição? Continue lendo esse artigo e confira.

O que é a infertilidade masculina?

A infertilidade é uma condição caracterizada pela dificuldade de um casal engravidar após 1 ano com atividade sexual regular, entre 2 e 4 relações por semana, e, claro, sem o uso de métodos contraceptivos.

Muitas vezes, esse termo é confundido com a esterilidade, que representa a incapacidade permanente de reprodução. 

Inclusive, a infertilidade, muitas vezes, é tratável. Ela ocorre nos casos quando há alguma anomalia no sistema reprodutor do paciente, o que acontece em 50% dos pacientes que procuram ajuda médica, segundo artigo publicado na revista Revista Clinical & Biomedical Research.

Já de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, apenas 15% dos casais que não conseguem engravidar em 1 ano procuram um tratamento, mas o prognóstico é excelente. Eventualmente, menos de 5% permanece sem passar por uma gestação.

Quais são as causas da infertilidade masculina?

Antes de saber como é feito o diagnóstico de infertilidade masculina, é importante entender quais são as possíveis causas desse problema. Ainda de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, as principais razões para redução da fertilidade no homem são:

  • problemas de formação do sistema reprodutor;
  • anormalidades adquiridas, como tumores ou torção testicular;
  • infecções do trato urogenital;
  • distúrbios endocrinológicos;
  • aumento da temperatura escrotal, o que pode ser causado pela varicocele;
  • doenças genéticas, autoimunes ou sistêmicas, como diabetes e insuficiência hepática;
  • medicamentos, irradiação ou toxinas, e
  • estilo de vida, como obesidade, tabagismo e uso de drogas.

Apesar disso, cerca de 40% a 50% dos casos não têm causas conhecidas, o que é chamado de idiopática.

Como é feito o diagnóstico de infertilidade masculina?

O diagnóstico de infertilidade masculina inicia a partir da dificuldade de um casal engravidar. Nessa situação, o paciente deve procurar um urologista, que fará uma análise completa para identificar se há alguma das causas citadas acima que podem reduzir a fertilidade.

Além disso, o médico também pedirá alguns exames, como:

Espermograma

O espermograma é o principal exame para fazer o diagnóstico de infertilidade masculina. Ele consiste em uma análise do sêmen, avaliando:

  • concentração;
  • capacidade de movimento dos espermatozoides;
  • morfologia dos espermatozoides;
  • contagem de células
  • volume;
  • presença ou ausência de coágulos ou grumos;
  • viscosidade;
  • pH e
  • coloração.

Caso o resultado seja normal, o teste é conclusivo. Se houver alguma alteração, recomenda-se a repetição para acompanhar a evolução dos resultados.

Investigação hormonal

Se houver alguma alteração no espermograma, deve-se realizar uma investigação hormonal para o diagnóstico de infertilidade masculina. Esse exame verifica se há excesso ou deficiência de algum hormônio que pode impactar na fertilidade, como a testosterona, o hormônio folículo-estimulante e o hormônio luteinizante.

Esses dois exames são os mais comuns para avaliar essa condição, mas também existem outros procedimentos:

  • avaliação genética: recomendada principalmente para os casos em que a causa não é identificada;
  • ultrassonografia: para localizar má formação, tumores ou obstruções no trato reprodutor;
  • avaliação microbiológica: recomendada quando se desconfia de infecções, inclusive as sexualmente transmissíveis, e
  • biópsia testicular: indicada para pacientes com volume testicular acima do normal.

Vale ressaltar que apenas um urologista poderá definir quais são os exames mais indicados para o seu caso.

Após o diagnóstico de infertilidade masculina, o que acontece?

Após a realização dos exames, caso ocorra o diagnóstico de infertilidade masculina, inicia-se o tratamento que dependerá diretamente da causa da redução da fertilidade.

Nos casos em que há um estilo de vida prejudicial, com sobrepeso, tabagismo e uso de drogas, por exemplo, o médico irá recomendar a mudança de hábitos para aumentar a qualidade do sêmen. Já quando for identificado alguma anomalia nos hormônios, recomenda-se o uso de alguns nutrientes ou reposição hormonal, dependendo da doença.

Os medicamentos também são indicados para pacientes com infecções ou outras doenças que influenciam na fertilidade, como é o caso da diabetes, por exemplo.

Outra opção de tratamento é a realização de cirurgias para remover a obstrução, que pode ser causada por tumores, vasos sanguíneos anômalos ou outros problemas. Para aumentar a taxa de sucesso, o ideal é que o procedimento seja realizado a partir de uma cirurgia robótica.

A partir desses tratamentos, pode-se combater o diagnóstico de infertilidade masculina e ter uma gestação. 

Se você ainda tiver alguma dúvida sobre os exames e o tratamento, entre em contato comigo. E caso esteja com dificuldades para engravidar a sua parceira, agende uma consulta em Balneário Camboriú ou Itajaí para fazer uma avaliação e identificar a causa do problema.

Material escrito por:
Dr. Leonardo Ortigara
CRM 15149 / RQE 7698