Dezembro Vermelho: proteja-se e viva com saúde
Atualizado em 12 de dezembro de 2022 | Publicado em 12 de dezembro de 2022Por: Dr. Leonardo Ortigara
A campanha Dezembro Vermelho tem como principal objetivo conscientizar e prevenir o HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs. Esse tema, infelizmente, ainda é visto como um tabu. Isso faz com que muitas pessoas tenham vergonha de procurar informações ou agendar uma consulta após ter sintomas, ou algum comportamento de risco.
Por acreditar que a prevenção é a melhor forma de lidarmos com essa questão, criei esse artigo para auxiliar quem está precisando de ajuda e deseja se proteger. Continue lendo, para saber mais sobre a campanha Dezembro Vermelho, sobre a AIDS e outras ISTs.
Como a campanha Dezembro Vermelho surgiu?
O Dia Mundial de Luta Contra a Aids é comemorado no dia 1º de dezembro e foi criado em 1988 pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa data tinha como meta apoiar as pessoas com HIV na luta contra essa infecção e quebrar os mitos sobre os portadores desse vírus.
Já a campanha Dezembro Vermelho foi criada no nosso país em 2017 por meio da Lei nº 13.504. O principal objetivo era promover a prevenção e incentivar o enfrentamento do HIV/AIDS e outras ISTs. Além disso, a Lei também institui a assistência, proteção e promoção dos direitos humanos das pessoas que vivem com HIV/AIDS.
Saiba mais sobre a campanha Dezembro Vermelho
Para saber mais sobre a campanha Dezembro Vermelho é necessário entender o que é HIV e conhecer outras ISTs.
HIV/Aids
Quando falamos sobre HIV, é comum haver confusão entre qual a diferença entre esse termo e a Aids. A Aids é a doença causada pelo HIV, também chamado de Vírus da Imunodeficiência Humana. Isso quer dizer que nem todo mundo que está infectado com o vírus realmente tem essa enfermidade.
Há muitas pessoas que são soropositivas e vivem anos sem desenvolver a doença. Também há aqueles que realizam tratamento e conseguem reduzir tanto a carga viral a ponto dele se tornar indetectável em exames. Mas, quando não tratado, o HIV ataca as células que fazem a defesa do organismo, o que causa diversos sintomas, como emagrecimento, cansaço e predispõe do corpo a novas infecções.
De acordo com o Ministério da Saúde, há cerca de 920 mil brasileiros que vivem com HIV. Desses, 89% já foram diagnosticados, 77% já fazem tratamento e 94% já não transmitem mais o vírus.
Isso mostra como é possível viver bem com HIV, desde que haja o acompanhamento médico e o uso de medicamentos antirretrovirais.
IST
Além da Aids, há diversas outras infecções sexualmente transmissíveis que são o foco da campanha Dezembro Vermelho. Segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cerca de 1 milhão de pessoas contraem IST anualmente. Entre as principais, estão:
- herpes genital;
- sífilis;
- gonorreia;
- HPV;
- HIV/Aids;
- clamídia;
- tricomoníase e
- hepatite B e C.
Como se prevenir contra as ISTs?
A prevenção das infecções sexualmente transmissíveis é relativamente simples e envolve os hábitos de:
- utilizar preservativo durante as relações sexuais;
- não compartilhar seringas ou agulhas e
- realizar check-ups de forma frequente.
Vale ressaltar que os preservativos, tanto masculino quanto femininos, são distribuídos gratuitamente nos postos de saúde. Por isso, não há motivos para não usá-los durante as relações!
Infelizmente, aqui no Brasil, nem todas as pessoas com uma vida sexualmente ativa têm esse hábito. De acordo com o Ministério da Saúde, apenas 56,6% das pessoas com 15 a 24 anos usam camisinha no ato sexual.
Não cometa esse erro e use sempre preservativo. Caso você e seu parceiro monogâmico queiram interromper o uso, faça testes antes para garantir que não há nenhuma IST. O melhor cuidado é a prevenção!
Como lidar com IST?
É difícil falar exatamente como lidar com uma infecção sexualmente transmissível, uma vez que há uma grande variedade e cada uma exige um cuidado diferente. Enquanto a sífilis, por exemplo, pode ser curada com antibióticos, a Aids é crônica e exige tratamento para o resto da vida.
Por esse motivo, ao notar qualquer sintoma que indique uma IST ou após ter um comportamento de risco, procure um médico para ter orientações para o seu caso. E caso você já tenha sido diagnosticado com uma infecção, siga as orientações do especialista, avise os seus parceiros sexuais recentes e não faça sexo sem preservativo para não promover o contágio.
Se você ainda tem alguma dúvida relacionada ao assunto, conte comigo. Entre em contato e vamos conversar!
Dr. Leonardo Ortigara
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