Tenho disfunção sexual, e agora?
Atualizado em 13 de agosto de 2024 | Publicado em 13 de agosto de 2024Por: Dr. Leonardo Ortigara
O diagnóstico da disfunção sexual é impactante, mas não incomum. A disfunção erétil (ou impotência sexual), um de seus principais transtornos, é bastante frequente. A boa notícia é que a maioria das causas do problema é tratável. Por isso, é importante buscar ajuda e realizar o tratamento o quanto antes!
Neste artigo, explicamos mais a respeito dos principais tipos de disfunção sexual masculina, incluindo as causas e tratamentos. Veja, também, quando buscar um especialista. Boa leitura!
O que é e quais são os tipos de disfunção sexual?
A disfunção sexual é a dificuldade de ter relações sexuais. Nos homens, ela pode ser relacionada a transtornos que afetam:
- o impulso sexual (libido);
- a capacidade de ejacular, levando à ejaculação precoce (antes ou logo após a penetração), ejaculação retrógrada (para dentro da bexiga) ou anejaculação (incapacidade de ejacular);
- a ereção, levando à incapacidade de ter ou manter uma ereção para uma relação sexual satisfatória — a famosa disfunção erétil (DE).
Diminuição da libido
A diminuição da libido é a responsável pelo menor impulso sexual. Veja suas causas e tratamentos a seguir.
Causas da falta de libido
As principais causas da diminuição da libido são fatores psicológicos, como a ansiedade e a depressão, estresse e/ou cansaço extremo e/ou uso de determinados medicamentos. Além disso, sabe-se que a insuficiência renal crônica pode desencadear o quadro.
Vale lembrar, ainda, que o hipogonadismo (baixa concentração de testosterona no sangue), algo comum no envelhecimento, também leva ao problema. Isso explica porque o impulso sexual tende a diminuir com o avanço da idade.
Tratamento da falta de libido
O tratamento para diminuição da libido varia conforme a causa do problema. Dessa maneira, pode ser necessário fazer um acompanhamento psicológico, tomar (ou trocar) alguma medicação e, muitas vezes, fazer reposição hormonal.
Transtornos de ejaculação
A ejaculação precoce é o transtorno de ejaculação mais frequente. Entenda suas causas e tratamentos a seguir.
Causas da ejaculação precoce
Geralmente, a ejaculação precoce está relacionada a fatores psicológicos, principalmente, a ansiedade. Por vezes, pode ter relação com a hipersensibilidade na pele do pênis.
Raramente, o transtorno se associa a doenças. Isso pode ocorrer em quadros de inflamação da próstata, hiperatividade da tireoide ou distúrbios do sistema nervoso.
Tratamento da ejaculação precoce
Na maioria dos casos, o problema é tratado, apenas, com o aprendizado de estratégias para retardar a ejaculação (a chamada terapia de modificação de comportamento). Em alguns casos, pode-se recomendar o uso associado de medicamentos.
Disfunção erétil
A disfunção erétil pode ocorrer de forma eventual ou frequente. O problema é considerado mais comum entre os homens mais velhos, embora também possa ocorrer em jovens.
Existem dois tipos de DE:
- primária, quando o homem nunca foi capaz de alcançar ou sustentar uma ereção satisfatória;
- secundária, quando o homem passou a apresentar o distúrbio ao longo da vida.
A DE primária é rara e costuma ser associada a anormalidades anatômicas ou a fatores psicológicos. A DE secundária, por sua vez, é bastante comum e costuma estar relacionada a fatores psicológicos.
Causas da disfunção erétil
Como mostrado, os fatores psicológicos devem ser considerados em todos os casos de disfunção sexual. Na DE primária, a origem pode estar relacionada a sentimentos como culpa, ansiedade, medo, vergonha ou até depressão. No tipo secundário, a causa costuma ser o estresse e/ou, novamente, a ansiedade ou a depressão.
Outro dado importante é que a DE de origem emocional pode ser situacional. Ou seja, pode envolver um determinado local, uma ocasião específica ou uma/um parceira/o em particular.
Além disso, há outros fatores potencialmente ligados ao problema. São eles:
- envelhecimento;
- diabetes não controlado;
- presença de doenças cardiovasculares;
- sobrepeso ou obesidade;
- insuficiência renal crônica;
- tabagismo;
- fratura peniana ou outros traumas na genitália;
- uso de determinados medicamentos, como para distúrbios psiquiátricos.
- desequilíbrios hormonais, como queda nos níveis de testosterona, elevação nos níveis de prolactina, alterações no hormônio da tireoide, entre outros;
- distúrbios neurológicos, como esclerose múltipla;
- alterações anatômicas, como micropênis, hipospadia (abertura anormal da uretra), Doença de Peyronie (pênis torto), entre outras;
- cirurgia ou radioterapia pélvica, como para o tratamento do câncer de próstata.
Tratamento da disfunção erétil
O tratamento para disfunção erétil varia conforme a origem do problema, a severidade do quadro e a idade e condições de saúde geral do paciente. Assim, a estratégia terapêutica é definida individualmente, pelo urologista responsável, e costuma ser multidisciplinar. Conheça as principais medidas a seguir.
Hábitos saudáveis
Adotar um estilo de vida saudável é essencial para prevenir ou tratar a disfunção sexual. Isso inclui:
- ter uma alimentação saudável;
- praticar exercícios físicos regularmente;
- dormir bem;
- encontrar formas de aliviar o estresse;
- evitar o consumo de álcool;
- não fumar.
Terapia por ondas de choque
A terapia por ondas de choque, também chamada de litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO), é indicada para pacientes com disfunção sexual de origem vascular, leve a moderada. O tratamento aumenta o fluxo sanguíneo no pênis, melhorando a circulação sanguínea no tecido cavernoso.
O procedimento é seguro, não invasivo e praticamente indolor. As sessões são feitas no consultório médico e levam, em média, 15 minutos.
Entenda melhor em: Ondas de choque para disfunção erétil: saiba mais sobre esse tratamento
Prótese peniana
A prótese peniana consiste no implante cirúrgico de um pequeno dispositivo tubular, nos canais de ereção. Com isso, basta acioná-lo para ter ereções duradouras e satisfatórias.
O procedimento é considerado o último recurso para tratamento da disfunção erétil. Para realizá-lo, pode-se optar pela prótese:
- maleável (ou semirrígida);
- inflável (que permite o retorno do pênis ao estado flácido).
Saiba mais em: Prótese peniana maleável e inflável, entenda as diferenças
E os medicamentos para a impotência?
Se prescrito pelo seu urologista, o uso de inibidores de fosfodiesterase tipo 5 pode ajudar. Isso porque, o medicamento aumenta o fluxo sanguíneo no pênis, normalizando as ereções por um período específico (de quatro a cinco horas).
Quando a medicação oral é ineficiente, pode-se recorrer à injeção peniana (ou injeção intracavernosa). Nesse caso, a administração medicamentosa é feita, diretamente, no pênis, com o uso de uma agulha muito fina.
Mas, vale destacar que os estimulantes sexuais são uma solução temporária. Quem deseja ter uma vida sexual mais ativa e satisfatória deve buscar tratamentos que ofereçam uma solução permanente.
Quando procurar um especialista em disfunção sexual?
Recomenda-se procurar ajuda especializada sempre que apresentar um quadro de disfunção sexual — pois, como mostrado, o problema tem solução! Além do mais, por vezes o distúrbio pode estar relacionado a doenças graves, que precisam ser identificadas e tratadas para evitar maiores complicações.
Se estiver na região de Balneário Camboriú ou Itajaí (SC), agende uma consulta com o Dr. Leonardo Ortigara, urologista especialista em procedimentos inovadores. Além disso, para saber mais sobre saúde masculina e conhecer as principais novidades terapêuticas, siga-o no Facebook e Instagram!
Dr. Leonardo Ortigara
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