Conheça os tratamentos para bexiga hiperativa
Atualizado em 15 de setembro de 2020 | Publicado em 31 de julho de 2020Por: Dr. Leonardo Ortigara
A bexiga hiperativa é um problema que atinge milhões de pessoas no mundo todo. A literatura médica estima que a bexiga hiperativa afeta 16% das pessoas com mais 40 anos de idade, o que vai aumentando com a idade, já que chega fazer parte da vida de 30% nos indivíduos com mais de 75 anos de idade.
No público masculino, a condição está associada, principalmente, à hiperplasia prostática benigna e consequente obstrução no trato urinário. Apesar de não representar um perigo para a saúde, buscar tratamentos para bexiga hiperativa é fundamental para recuperar a qualidade de vida do paciente.
Como o problema causa grande desconforto em situações sociais e, em muitos casos, compromete uma noite de sono contínua, conviver com a bexiga hiperativa pode gerar um grande incômodo na rotina e, consequentemente, afetar a qualidade de vida. Neste sentido, os tratamentos para bexiga hiperativa visam combater o problema e permitir que o sistema urinário do paciente funcione de maneira adequada.
Para entender melhor como tratar o problema, continue a leitura e descubra quais são os tratamentos mais recomendados, como funcionam e quando são indicados.
Afinal, o que é bexiga hiperativa?
Segundo a Sociedade Internacional de Continência, a síndrome da bexiga hiperativa é uma condição clínica caracterizada pela disfunção do trato urinário inferior que compreende os sintomas de urgência para urinar, com ou sem incontinência, normalmente acompanhada de aumento da frequência miccional e noctúria, na ausência de fatores metabólicos, infecciosos ou locais associados.
A bexiga hiperativa ocorre quando o músculo detrusor que reveste a bexiga não relaxa adequadamente durante a fase de enchimento. Com isso, há aumento da pressão interna na bexiga, fazendo com que haja maior vontade de urinar com frequência. O paciente que sofre com o problema necessita urinar, geralmente, mais de 8 vezes no período de 24 horas.
Quais são os tratamentos para bexiga hiperativa?
Os tratamentos para bexiga hiperativa são divididos em diferentes modalidades. A escolha do método mais adequado para cada paciente depende da intensidade dos sintomas e do quanto a condição afeta sua qualidade de vida. Saiba mais sobre os principais tipos de tratamento!
Terapia comportamental
Considerada a primeira linha de tratamento, a terapia comportamental, como o nome sugere, busca corrigir problemas de comportamento do paciente que podem estar resultando no quadro de bexiga hiperativa.
Geralmente, é necessário fazer modificações na dieta – eliminando alimentos que possam estimular o mau funcionamento do músculo detrusor – associadas a exercícios para ter maior controle sobre a urina. Nesse caso, os exercícios para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico são os mais recomendados. A terapia é um tipo de tratamento recomendado para quadros leves.
Tratamento medicamentoso
O tratamento medicamentoso consiste no uso de anticolinérgicos que atuam na redução das contrações do músculo detrusor e, consequentemente, diminuem o desejo de urinar com urgência. Em muitos casos, esse tratamento é associado com a terapia comportamental.
Caso o paciente não responda de maneira satisfatória, o médico pode orientar a aplicação de toxina botulínica tipo A diretamente no músculo detrusor. A substância é capaz de aumentar os intervalos de esvaziamento da bexiga, diminuindo a necessidade de urinar com frequência. O tratamento medicamentoso é indicado para pacientes com quadro leve a moderado.
Marca-passo neural
O implante de marca-passou neural é um tratamento cirúrgico que consiste na implantação do dispositivo na bexiga do paciente. Através de impulsos elétricos suaves, o marca-passo atua nos nervos sacrais, responsáveis por controlar a bexiga e os músculos relacionados à função urinária.
Se o cérebro e nervos sacrais não se comunicarem corretamente, os nervos não podem dizer a bexiga para funcionar de maneira adequada. Dessa forma, o dispositivo permite que eles se comuniquem diretamente com o cérebro, garantindo que o sistema urinário trabalhe corretamente.
Para a realização do procedimento, é feito uma pequena incisão nos tecidos subcutâneos na parede abdominal anterior para a colocação do marca-passo. Aisom, o dispositivo pode ser programado por um dispositivo externo e um ímã de maneira semelhante à de um marca-passo cardíaco.
Trata-se de uma técnica avançada e com indicações específicas: é um dos tratamentos para bexiga hiperativa recomendados a pacientes que apresentam problemas nos nervos e, em alguns casos, lesões nos esfíncteres.
Ficou com alguma dúvida sobre o assunto? Entre em contato comigo e envie sua pergunta. Será um prazer lhe ajudar!
Dr. Leonardo Ortigara
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