Quando a cirurgia para retirar pedra nos rins é necessária?
Atualizado em 13 de março de 2023 | Publicado em 5 de junho de 2020Por: Dr. Leonardo Ortigara
Considerado um problema bastante comum, o cálculo renal – popularmente conhecido como pedra nos rins – pode provocar dores abdominais súbitas e intensas acompanhadas de náuseas e alterações no hábito miccional. Apesar dos sintomas, grande parte dos pacientes que sofrem com a condição conseguem eliminar os cálculos naturalmente, sem a necessidade de intervenção cirúrgica.
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Por outro lado, a cirurgia para retirar pedra nos rins pode ser necessária dependendo da gravidade da situação. A necessidade do procedimento cirúrgico é avaliada de maneira individualizada de acordo com uma série de fatores que irão determinar se a cirurgia é o tratamento mais recomendado para o paciente.
Como definir o melhor tratamento para pedras nos rins?
Após a confirmação do diagnóstico, o paciente deve buscar a melhor opção de tratamento para o seu caso. Quando não tratado, os cálculos renais podem migrar para o ureter e causar diversas complicações, como dilatação das vias urinárias, infecções no trato urinário, infecção generalizada através do sangue e, em casos mais graves, até risco de óbito.
Para definir o melhor tratamento, o urologista considera alguns aspectos essenciais. Dentre eles, podemos citar:
- tamanho e localização da pedra;
- gravidade do caso, como riscos de obstrução, infecção ou dor intolerável;
- grau de dureza da pedra – determinada com a ajuda da tomografia computadorizada;
- antecedentes do paciente – se já operou para eliminar a pedra ou se eliminou espontaneamente.
Geralmente, as pedras nos rins com diâmetros que variam entre 1 e 5 mm e não provocam dores intensas podem ser eliminadas pelo organismo de maneira natural por meio do aumento da ingestão de água ou com a ajuda de tratamento medicamentoso. Já o procedimento cirúrgico é indicado para casos mais graves, como veremos a seguir.
Quando devo realizar a cirurgia para retirar pedras nos rins?
A cirurgia para retirar pedras nos rins é indicada quando os pacientes apresentam dores muito intensas que não podem ser controladas por medicamentos, infecção urinária associada a presença de cálculo, dilatação da via urinária excretora e risco de obstrução da uretra ou ureter. Além disso, a indicação do procedimento cirúrgica é recomendada para pacientes que possuem pedras com diâmetro maior que 6 mm.
Até a década de 1980, os procedimentos cirúrgicos eram realizados por meio da cirurgia de cálculo renal tradicional. A técnica exigia a realização de um corte na pele do paciente, por onde era inserida uma câmera que chegava até o rim. Esse tipo de cirurgia era considerado um método invasivo e apresentava maiores riscos de complicações e maior tempo de recuperação.
Cirurgia endoscópica
O avanço na área da medicina e tecnologia permitiu o desenvolvimento de técnicas mais modernas e minimamente invasivas para retirar as pedras. Atualmente, grande parte dos procedimentos cirúrgicos são realizados por meio da cirurgia endoscópica.
Neste procedimento, o urologista utiliza uma fibra óptica para chegar até o local do cálculo através dos orifícios naturais da via urinária. A fibra conduz um tipo de laser utilizado para pulverizar o cálculo e reduzi-lo a fragmentos muito pequenos que serão eliminados de maneira natural e indolor pelo organismo do paciente.
Por ser um procedimento considerado minimamente invasivo, a cirurgia endoscópica apresenta riscos reduzidos e oferece uma recuperação muito mais rápida. Na grande maioria dos casos, o paciente necessita de internação hospital por apenas 24 horas e pode retornar às suas atividades no dia seguinte.
Como prevenir as pedras nos rins?
A cirurgia para retirar pedra nos rins é apenas uma parte do tratamento para quem sofre com o problema. Como os cálculos renais podem ser reincidentes, é importante que o paciente realize a prevenção e acompanhamento da maneira adequada.
Para pacientes que já sofrem com pedras nos rins, é recomendada a realização de exames de urina e sangue para analisar seu perfil metabólico e realizar correções com o uso de medicamentos, caso seja necessário.
Para evitar o surgimento de problema ou um caso reincidente, siga as dicas abaixo:
- mantenha uma alimentação saudável e equilibrada;
- evite alimentos ricos em sódio;
- evite o excesso de proteína animal;
- aumente a ingestão de cálcio;
- beba de 2 a 3 litros de água por dia.
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Dr. Leonardo Ortigara
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